quinta-feira, 24 de março de 2011

assinado eu.

Como naquelas madrugadas que eu perdia o sono, o encostar a testa na janela fria e ver a cidade vazia.. como se aquilo fosse esvaziar meu coração também. Mas não esvaziava, era um quase, mas o quase com um cheirinho do seu travesseiro, e de tão confortável que aquilo parecia o quase 'quase' não existia. Mas dormia com o gosto da raiva na minha língua, e a sensação do teu nariz nas minhas costas deslizando suave.. e um possível sonho, misturado com um possível desejo e um possível passado. Mas em minhas mãos só havia um punhado de impossível, improvável e uma incontrolável fantasia... daquelas que você caminha na ponta dos pés para não te acordar, daquelas que você por um único instante parece inatingível - até que alguém aparece e trás de volta a trilha de tristeza que escorre dos olhos, e ai o céu fica metade nublado e metade amarelo, como quando para de chover, mas logo depois ele fica vermelho e finalmente escurece, e nasce uma quase esperança daquelas alegrias que a gente só fantasia.

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