terça-feira, 27 de março de 2012

Delírio.

Dessintonia submersa
permite que traços delirantes
escondam
os excessos e eixos desequilibrados.

Vitima de beijos furtivos
que estremece lábios, em segredo
ao sussurro
de compassados ritmos cardíacos

desequilíbrio atemporal
que me remete napalm
deflora
sem qualquer pudor
minhas entrelinhas

oscila o entrelace
que nos ostenta
de maneira que não me cabe
à mim mesma.

Reflete o despertar silente
e a ânsia
de te vontadiar





Para nos inventar.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Excesso.

Havia desejo. Fumávamos uns cigarros, bebíamos vinho e esperávamos por uma excitação frenética ou qualquer coisa que o valha. Uma agonia insuportável e ardente, que nos trazia o intimo.
Atingimos o desatino. Era sexual, intenso, espiritual, vulgar e realista... Ultrapassamos nosso egoismo e nossa história. Abdicamos de nós mesmos para viver esse desvario.
Há milhares de maneiras de se enlouquecer. Esse delírio romântico, não passava de loucura e solidão compartilhada.
Estamos envelhecendo por dentro.
Vamos deixar o blues tocando por um tempo. Navegar por mares desconhecidos e não mais permitir que o incerto escarneie.
O fim não tarda. Mas ainda há tempo para outra fonte de tristeza, seja lá qual for.