quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Ponte.

Deixo ir
o que fugiu, fingiu 
o abortar do amor
que estava querendo crescer.
Dá vontade, eu não vou mentir
de fingir que esse amor tem lembrança.
Dentro de mim, deixo dormir
que o céu esconde.

Olhar pra cima
e o movimento da curva dos olhos clareia
o abismo onde o ecoo escura
e fura o negro com um rasgo.
Cura.
Transforma.

Sem que o medo precisasse existir
me jogo do alto
e não é pra cair
é por anseio de voo
ver mais quanto encanto tem
quando o canto vem dizer
vem viver, agora

o que se faz com prazer
as estrelas abençoam
encontro no céu abrigo de pensamentos
e nos pensamentos
o meu infinito
que permite o natural da alma
emergir de dentro para fora.

a grandeza que ecoa
por não me caber em mim mesma

como a gota que cai sobre a água.