quinta-feira, 28 de junho de 2012

Caos.

Em becos, bares, em esquinas banhadas pelas luzes fracas que abrigam os tipos mais imundo de pessoas, aquelas que tem a ignorância plantada em suas próprias mentes, doentes pelo fracasso de uma vida sem sentido.
'Mas t
odos temos um maldito miserável acorrentado ao nosso corpo, sussurrando em nossos ouvidos, dormindo ao nosso lado e pendurado em nossos ombros.'
Enquanto as pessoas se organizavam nos pontos de ônibus, as sirenes das ambulâncias forçavam passagem  entre buzinas de carros, anunciando as desgraças do dia a dia. O céu cinza e empoeirado, a noite de sexta feira, a vontade de dominar o mundo em confronto com a simplória vontade de dominar sua cama.
A realização mais primitiva e prazerosa da humanidade. Um único objetivo que envolve uma variedade de sacrifícios.
Precisava de uns bons goles de vinho, para acompanhar o caos. Essa é a hora particular da noite que surge o desejo de algo que liberte minha alma.
Uma garrafa de vinho barato e algum lugar para me unir aos velhos amigos em algum pub da Augusta. Quem sabe eu não teria sorte o suficiente  para encontrar outra alma perdida sedenta por compreensão.
Houve um tempo em que eu achava que minhas paixões eram gratuitas. Essa justificativa insensata, e cabível até hoje, tornou minhas noites insuportáveis.

O velho moribundo preso aos meus ombros, sussurra mais uma vez no meu ouvido. Algo sobre tempo, ou qualquer coisa que o valha.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Vamos esticar essa proza 
vai, deixa o sol pousar em sua pele
que esse tango pode ser dançado mais um pouco
que essa vida é um leve e traz
solto.