quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Memórias da solidão.

Essa não é uma história feliz, não é verdadeira, não é profunda. As palavras se tornaram veneno, e promessas se tornaram a cura. Mãos viraram punhais, o sol congelou seu coração.
Procurar nem sempre é achar, o tempo é o maior inimigo e a paciência sua mais forte aliada. Assinamos contratos, mas rasgamos e jogamos para o alto . Pedaços de papeis circulam pelo mundo a fora, passam por mãos distintas. Não se cruzam, não se encontram. Tentam junta-los com outros, mas é impossivel pois só existe uma combinação perfeita.
Invadiram sua casa, mudaram seus moveis de lugar e roubaram objetos valiosos, você assistiu em silencio com lagrimas no rosto, não sentiu o direito de interferir porque no fundo sabia que aquela pessoa precisava muito mais daquilo do que você. Ao sair passou reto sem ao menos agradecer, de cabeça baixa e segurando com as duas mãos uma chave. A chave que pertencia apenas a você.
Depois de longos minutos percebeu que a chave era só uma cópia, a verdadeira estava intacta no chão.
Arrependida pegou de pressa e correu para abrir a porta.
Sua antiga casa. Aconchegante, e tranquila não sofrera nenhuma mudança depois de sua partida. Sorriu, e se deu conta do quanto sentiu falta daquilo.
Apesar de tudo, aquela não era a unica chave e o coração não pertencia mais a uma unica pessoa.

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