sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Deixo estar.

Não há universo que verta do teu rosto frio
te inverto a cada beijo faminto
incontido
te invento a cada toque

ao mesmo passo que
eu, inundada
escorria, desabava
no corpo frio
nua
tu me vestias

E à toda fuga, minha alma
vê meu rosto refletido em seus olhos.
Uma menina solta, insulta
que se perde nos olhos tortos de quem fere
os olhos de uma fome insone
de me ter


Mas o deslace
que me prendia a tua cama
perde os sentidos
e nos evai no tempo


por um breve momento.

Nos inventamos para nos lembrar, no segundo.

No enlace que me faz mulher
me cede seus espaços
o teu vazio que grita
e apressa o curso da minha mão errante

os corações se despem


O rio que corre em você
escorre em mim.

te desfruto em todos os sentidos.










3 comentários:

  1. Uau! Que delícia! Oi, Soul! Breve e fugaz como o desenlace da própria vida, como a própria vida é e deve ser... Ah, quero te convidar para que visite e comente minha GENYSIS no http://jefhcardoso.blogspot.com Um abraço!

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