quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Memória.

Vejo as asas, sinto os passos
de meus anjos e palhaços,
numa ambígua trajetória
de que sou o espelho e a história.
Murmuro para mim mesma:
"É tudo imaginação!"

Mas sei que tudo é memória..

(Cecília Meireles.)



domingo, 26 de dezembro de 2010

impulso vital.

Suspiros ofegantes. O calor queima minha pele a cada toque mal intencionado. A realidade clareia meus pensamentos, os olhos embaçados pelo suor ainda me possibilita ver o seu sorriso. Tua boca macia e quente se repuxa para cima sem exagero, o teu riso envergonhado e meu riso predilecto. Teu pescoço ao alcance dos meus beijos, teu olhar passeia pelo meu corpo sem pudor. Novecentos e noventa e nove regras violadas, mas todas descumpridas com muito amor.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Opinião de apático.

Presa aqui contra minha vontade, no silencio da escuridão. Quando tudo o que eu queria era apenas uma luz, uma fraca luz que me guiasse até o fim dessa estrada. Os pés descalços cortados e machucado pelas pequenas pedras, são os mesmos pés cansados que latejam e querem parar. Essa dor continua invade meu coração, a emoção grita - de dor, de pavor, de solidão - mas a razão insiste: estamos lutando por um ideal. O sangue queima minhas veias, sufoca minha garganta e me impede de gritar.
É o fim?
Não, é apenas o começo.

Você pode estar fazendo muito, por pouco.

Crueldade no Natal: Investigação da WSPA expõe a dura realidade do abate anual de renas no natal

Veja, participe, divulgue.
"Você pode estar fazendo muito, por pouco."

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

"Porque,

 eu sou do tamanho daquilo que sinto, que vejo e que faço, não do tamanho que as pessoas me enxergam."
Carlos Drummond de Andrade.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

mais um trago de amor.

A cada trago uma nova brisa. Com um começo diferente e um meio intrigante, mas caros leitores é ai que vem a grande surpresa não importa o quão espetacular seja esse sentimento todos nós sabemos que só existe um unico fim.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Pensamentos e visões de um decapitado.

O delírio aumenta freneticamente. Parece ao executado que sua cabeça está pegando fogo e girando em torno de si mesma... E nesse frenesi, um pensamento inconcebível, tresvariado, indizível, apodera-se do cérebro moribundo: Será possível? O homem decapitado ainda tem esperança. Todo o sangue que lhe ficou pulsa mais rapidamente pelas veias e agarra-se à esperança.
Chega o momento em que o executado pensa que está estendendo as mãos crispadas, trêmulas, em direção à cabeça. É o instinto que nos faz tapar com a mão a ferida aberta. Isso se dá com o intuito, o horroroso intuito de recolocar a cabeça em cima do tronco, para guardar mais um pouco de sangue, mais um pouco de vida... Os olhos do torturado reviram-se nas órbitas sangrentas... o corpo torna-se rijo como granito...
É a morte...
Não, ainda não.

                                        (Antoine Wiertz)